Comemoração dos 80 anos da VAIA AO SOL na Praça do Ferreira! Bora???

            O que é uma data importante? Depende do seu ponto de vista. Para o Humor do Ceará, o dia 30 de janeiro é uma data da maior importância, e que tem uma simbologia pra lá de irreverente. Foi neste justo dia que o povo, reunido, sem combinação prévia de local ou horário, resolveu vaiar o astro rei; que, na ocasião, parecia cansado e não mais queria dar o ar da graça. Sumiu por três dias, e quando apareceu, recebeu a sonora vaia. Coisa de cearense. Coisa que só acontece aqui. Coisa inusitada. Peculiar.

            O local onde aconteceu o feito histórico não poderia ser outro: Praça do Ferreira, centro da molecagem cearense. O mesmo local onde circulou Quintino Cunha, Leota e Bode Iôiô. É lá também que tá fincado o Cajueiro da Mentira, com  placa e tudo, onde acontece anualmente, dia 1º de abril, um Festival de Mentiras.

            Neste 2022 o aniversário da Vaia ao Sol ganha um  sabor especial por ser uma comemoração de data fechada: 80 anos. A vaia aconteceu no dia 30 de janeiro de 1942.

            E o que acontecerá? Numa realização do Escritório do Riso, com apoio do Teatro Chico Anysio, Museu do Humor Cearense, Associação dos Humoristas Cearenses-ASSO-H e Sindicato dos Humoristas-SINDIHUMOR, os profissionais do riso vão estar na Praça as 11h, e entre brincadeiras, piadas e causos, vaiarão o sol por 80 vezes!

            Acontecerá também o Festival da Vaia. Qualquer pessoa pode participar. Inscrição na hora do evento: DE GRAÇA. O Campeão ou campeã ganhará um CERTIFICADO COMEMORATIVO, e também uma grande vaia…

            Ainda na ocasião, o humorista Jader Soares, que organiza o evento, lançará  o Cordel 80 Anos da Vaia, que conta como tudo aconteceu. É a terceira vez que o humorista organiza esta festividade; sempre, de 10 em dez anos, a saber: nos 60, nos 70 e agora, nos 80 anos!

            E se chover??? Tem problema nenhum… a gente vaia a chuva também!

SERVIÇO:

Evento: 80 Anos da Vaia ao Sol

Local: Praça do Ferreira

Dia: 30 de janeiro de 2022

Horário: 11h

Realização: Museu do Humor Cearense

Informações: 3252 3741   –   999 91 0460 (Jader Soares)

LITERATURA DE CORDEL

Autor: Jader Soares (ZEBRINHA)

80 anos da Vaia ao Sol

1

Me lembro bem direitim

O dia, a hora, o local

Do que aqui vou contar

Pra alegrar o pessoal

Uma história engraçada

Que você vai dar risada

Se não rir não é normal.

2

Fique tranquilo, segure

O Cordel em sua mão

Não trema, não se encabule

Leia alto, use o pulmão

Compartilhe a todo povo

Se quiser, leia de novo

Não se arrependerá não.

3

A história é a da Vaia

Que pra você vou contar

Aconteceu  bem aqui

No Estado do Ceará

Foi na Praça do Ferreira

Eu num tô de brincadeira

Cê tem que acreditar.

4

A Praça, cê sabe bem

Que fica em Fortaleza

É a mais bela de todas

É lá com toda certeza

O centro da molecagem

Travessura, fuleiragem

Zombaria e artisteza.

5

Que vaia? Vaia no Sol

Ou ao Sol, fica melhor

Eu vaiei, mamãe vaiou

Vaiou vovô e vovó

Vaiou o rico, o pobre

Vaiou plebeu e o nobre

Quem não vaiou, ficou só.

6

O motivo? Foi que ele

O astro rei referido

Permitiu uma chuva grossa

Passou três dias escondido

E depois, todo abusado

Quis de volta seu reinado

Ficou com dor no ouvido.

7

Menino, uma nuvem negra

A cidade escureceu

O dia virou foi noite

Três dias inteiros de breu

O mar emendou com a praia

E o sol levou grande vaia

Quando ele apareceu.

8

Foi nos mil e novecentos

Ano de quarenta e dois

Em janeiro, dia 30

Eu tava comendo arroz

De tudo tô me lembrando

E pra você tô contando

Oitenta anos depois.

9

O sol disse: – Vou sair

Antes que mais chuva caia

Não esperava, porém

Lá embaixo tal gandaia

Se encabulou e sumiu

O povo se reuniu

E meteu aquela vaia.

10

– Aparece seu covarde!

Disse um cabra ameaçando

– Desce daí se tu é homem!

Disse um bebo gaguejando

Nunca o sol foi tão xingado

Que ficou acabrunhado,

Depois acabou brilhando.

11

Era no tempo da guerra

A Segunda, Mundial

Mas, em vez de ir pra batalha

Ser morto sem funeral

É serviço mais maneiro

Vaiar o sol trapaceiro

Realmente é mais legal.

12

Veio gente de todo canto

De caminhão e  de pé

Veio Ciço do Juazeiro

Francisco do Canindé

Pra tudo ficar normal

Quem também veio de Sobral

Foi o Bispo Dom José.

13

Apareceu pescador

Com rede e com anzol

Gente com frio danado

Enrolada  com lençol

Mas não deu pra aguentar

E o povo do Ceará

Botou foi quente no Sol.

14

O Bode Iôiô quando ouviu

Aquela vaia do além

Fugiu logo do Museu

Subiu num vagão do trem

Parou bem no meio da praça

Olhou, berrou, achou graça

O vaiou o sol também.

15

Quem via tudo e curtia

Era Leonardo Mota

Fumando um charuto grosso

Derrubando uma meiota

Misturada com limão

Caneta e papel na mão

O Leota tudo anota.

16

Quintino Cunha subiu

Em cima de uma mesa

Fez discurso, sol já posto

Quente, com toda firmeza

Falou pru sol escutar:

“Cê num venha mais frescar

Com o povo de Fortaleza”

17

Ceará, Terra do Sol

Isso na pele se sente

Não é que seja ruim

Só que aqui tá tão quente

Que às vezes fico a pensar

Parece que o sol está

É se vingando da gente.

18

Por isso estou aqui

Lhe convidando pra praça

Venha cá se divertir

Venha mostrar sua raça

Vai ter humor de primeira

Vai ter muita brincadeira

Venha se  abrir, achar graça.

19

Lá também vai ter concurso

E vai ter premiação

Para a vaia mais gaiata

Que tiver mais emoção

Vá treinando, ensaiado

Tudo que ver vá vaiando

Não fique de fora não!

20

E se na Praça passar

Um sujeito amarmotado

Diferente, esquisito

Assim meio atrapalhado

Se alguém ver, se aperceber

O que vai acontecer

É que ele vai ser vaiado.

21

O direito de vaiar

É próprio do cidadão

Vaia até o time que torce

E o cearense, então!

Vaia queda, vaia enterro

Vaia acerto, vaia erro

Vaia político ladrão.

22

Tá no sangue deste povo

A molecagem latente

O bom humor sempre ativo

Sempre bem vivo e presente

Viva o povo do lugar

Viva o meu Ceará

Viva a graça desta gente!

Jader Soares escreve todo domingo no Blog do Zebrinha sobre Histórias do Humor Cearense

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Histórias do Humor Cearense – “Como surgiu o Dia do Humorista?”

Por Jader Soares* (Idealizador da data)

Em janeiro de 2003, no Ceará Riso Fest, tive a honra de entregar a Chico Anysio uma Placa Comemorativa ao Dia ao Humorista.
Placa entregue a Chico Anysio.

         Você não sabe não? Pois eu lhe conto, e é agora!

         Vamos lá! A ideia de criação do Dia do Humorista surgiu de um estalo que tive, numa tarde qualquer no início do ano de 2003.

         Estava eu, balançando-me numa rede de tucum, no Escritório do Riso, que é o escritório do Teatro Chico Anysio, do qual sou diretor, aí, num sei de onde me veio a indagação: “Se tem dia de tudo, por que não tem Dia do Humorista?”

         De imediato, levantei-me da rede e corri para o computador. Redigi um ofício para a Assembleia Legislativa do Estado do Ceará, mais precisamente para o Deputado Artur Bruno, que era o Presidente da Comissão de Educação e Cultura da casa.

         No ofício, a solicitação da criação do Dia do Humorista, onde indiquei o 12 de abril, como apropriado para tal. Motivo da escolha: Nascimento de Chico Anysio, o maior humorista do Brasil.

         Para ampliar o engajamento da classe humorística nesta demanda, falei com vários colegas pessoalmente, e para outros, liguei, pedindo para assinar o ofício. Na realidade, não foi bem assinar, mas sim, autorizar que eu colocasse seus nomes no documento. E assim foi feito.

         Depois da criação do Dia do Humorista, com publicação no Diário Oficial do Estado do Ceará em julho de 2003, passei a realizar um grande evento anual, na citada data, envolvendo pelo menos 40 humoristas por ano, num show que começa sempre as 16h e vai até 20h. A primeira vez que aconteceu o evento foi no ano de 2004, já que a Lei é de julho de 2003.  De lá para cá, todo ano acontece. (esqueçam 2020 e 2021, que por conta da COVID não aconteceu). Depois da Lei estadual, veio a Lei Municipal (Fortaleza) e por fim a Lei Nacional (Brasil). Veja abaixo datas de suas publicações.

Lei Estadual nº 13.317 de 02/07/2003  (Ceará)

Lei Municipal nº 9518 de 23/10/2009   (Fortaleza)

Lei Federal nº 13.082 de 08/01/2015  (Brasil)

            Como já falei, a Lei Estadual é do deputado Artur Bruno (sancionada pelo Governador Lúcio Alcântara). A Lei Municipal, da vereadora Eliane Novais (sancionada pela Prefeita Luiziane Lins) e a Lei Nacional do deputado José Airton, do Ceará (sancionada pela Presidente Dilma).

            Em janeiro de 2003, no Centro de Convenções do Ceará, na abertura de um grandioso evento chamado: Ceará Riso Fest, do qual eu era o mestre de cerimônia, diante do público, e na presença de vários colegas humoristas, tive a honra de entregar a Chico Anysio uma Placa Comemorativa do Dia do Humorista. Ele se emocionou, viu?! E eu fiquei morto de feliz!

Jader Soares escreve aos domingos sobre Histórias do Humor Cearense, desde 02 de JAN de 2022

*Jader Soares é humorista, pesquisador de humor, escritor e diretor do Teatro Chico Anysio, Museu do Humor Cearense e Presidente da Associação dos Humoristas Cearenses. 

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Sobre Massapê – “A Sopa do Galpão dos Feirantes”

Panela de sopa feita por mim! Tá pensando o quê!? KKKKK

E era boa, viu!?

Tinha até osso com tutano!

Ontem, primeiro domingo deste 2022, fiz uma sopa para o jantar, aqui em casa. Me garanto na cozinha!

Dificilmente; mas, dificilmente mesmo, a gente janta sopa por estas bandas. Num domingo então, nunca! Os meninos não são muito chegados. Mas fiz, e quando vi a danada na panela e no prato, lembrei demais da sopa que tinha, e ainda deve ter, no Galpão dos Feirantes de Massapê. Veja as fotos, se eu tô mentindo!

O Galpão foi construído na administração do Chico Lopes! Lembro demais. Serviu para abrigar as cafezeiras (era assim que a gente chamava), que tinham suas barracas, por sinal, muito mal instaladas e apertadas, nos arredores internos do nosso Mercado Público.

Antes, até meados da década de 1970, o espaço era um terreno baldio, e, de vez em quando, nas festas da Padroeira ou em período de férias, eram instalados ali, os Parques de Diversões.

 A chegada dos parques era uma beleza. Mas, uma crônica sobre os parques, ficará para outro dia! O cardápio hoje é sopa!

A sopa do galpão tinha dois sabores: carme de gado ou galinha. Quando a bicha é fita de franco, a gente chama canja.  A de carne era feita com a canela do boi! Era cada ossão… com tutano e tudo!

Dentre as cafezeiras que lembro, posso citar: Raimunda Matias, Raimunda Gorda e Ilda. Também tinha o Neguim e o Joveniano. Acho que o Joveniano trabalhava com a mãe dele!!!

Pois bem; além do bom café com pão e tapioca, feitos na cara do freguês, eles também atendiam a clientela com a tão famosa e saborosa sopa! Dia de feira, então,  botavam mais água no sopão, porque, além de atender aos clientes da cidade, tinha o povo que vinha do interior: de bicicleta, no lobo de jumento, ou, mais, e principalmente, no caminhão pau-de-arara, comendo poeira nas estrada de barro. Vinha gente de todo canto:  São Luiz, Tangente, Pé da Serra, Mirim, Mumbaba, Remédio, Gregório… eita!

E como hoje é dia 3 de janeiro, primeira segunda-feira de 2022, que tal ir tirar a ressaca das festas de fim de ano tomado um pratão de sopa no Galpão dos Feirantes de Massapê?!

Prato com sopa que fiz!
Jader Soares escreve às segundas-feiras SOBRE MASSAPÊ, neste Blog, desde o dia 13 de DEZ de 2021.

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Histórias do Humor Cearense – “1° Texto”

Chico Anysio, a maior referência do humor brasileiro

Senhoras e senhores, feliz 2022!

Hoje é o segundo dia do novo ano que se inicia. Um domingo. Dia chuvoso em todo o estado do Ceará. Nos corações e nas mentes de cada cearense é perceptível um ar de esperança! Todo ano novo é assim! Mas, na verdade, para ser sincero, nos meus 59 anos de perambulagem neste mundo de meu Deus, tô achando que desta vez, isto está mais nítido. Porque, também é notório que 2021 não foi lá estas coisas todas! Ano duro. Fuleiragem, mesmo! Ano de perdas de padrão econômico… e vidas. Vidas que se foram, principalmente: ‘fora do combinado’; isso, devido à COVID-19, que anda nos matando no mundo todo! Mas, estamos, quase todos vacinados, e vivos, e isso já é um grande motivo para estamos felizes!

Então, vamos nós!

E vou começar prometendo! Porém, apesar de ser um ano eleitoral, é bom que fique claro: não serei candidato a nada! Diante disso, prometo (e espero que não seja daquele tipo de promessas de início de ano…) escrever e publicar no Blog do Zebrinha, em todos os domingos de 2022, um texto contando Histórias do Humor Cearense. A publicação se dará quase sempre as 9h, que é para o domingo nascer feliz!

Este primeiro texto é genérico; meio que uma apresentação do que virá.

Acredito, que possa vir a ser interessante a algum curioso, falar sobre esta arte de fazer graça, tão entranhada e latente na alma e no coco do povo cearense. Quero falar do que vi e vejo nos bastidores dos shows e espetáculos humorísticos realizados nos 365 dias do ano na terra de Chio Anysio. Falar da minha experiencia como humorista, tanto no palco, como fora dele.

Não há aqui, necessariamente a intenção de fazer rir! É bem certo que, você encontrará motes e motivos para tal; porém, mesmo nosso conteúdo sendo sobre humor, algumas crônicas poderão até lhe levar às lágrimas… Afinal, a intenção não é contar piadas, mas sim Histórias do Humor Cearense.

Jader Soares escreve aos domingos sobre Histórias do Humor Cearense, desde 02 de JAN de 2022

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Sobre Massapê – “Entre Natal e Ano Novo”

Que beleza!

Que maravilha é a chegada das comemorações de fim de ano: Natal e ano novo!

            Quem é do interior sabe que a Praça da Matriz é o símbolo principal da cidade (a praça e a matriz). Sendo Natal, então, a praça fica mais bela. Pelo menos no tempo que eu morava em Massapê era assim que acontecia. Hoje, 2021, não sei!

            Lembro que era erguido um mastro, de aproximadamente 8 metros de altura, e de seu topo, descia várias peças de fios até ao chão, no formato de uma empana de circo. Em cada fio, luzes de todas as cores. Quando as luzes acendiam, nossos corações de crianças se enchiam da magia colorida do Natal.

            Na noite do dia 24, era uma animação só! O comércio, que normalmente fechava as 5 da tarde, ficava aberto até 9, 10 da noite. Enquanto isso, nos lares, a ceia era preparada. Papai sempre convidava algumas pessoas para sentar à mesa com a gente. Interessante, é que o convite não era previamente combinado.  Quem fosse passando pela nossa rua ou na rua que ficava entre a casa do seu Antônio Irene e seu Toim Aguiar, ele chamava. A única exigência era que fossem pessoas humildes, que na percepção dele, não teria o que cear. Isso aconteceu por todo o tempo que morei em Massapê. Mamãe caprichava e fazia uma comida maravilhosa!

Pra nós, crianças, era tudo alegria. Na noite de Natal, a gente podia ficar acordado até tarde. Menino adora ficar acordado até tarde! E ainda tinha a Missa do Galo! As badaladas do sino da igreja invadiam toda a cidade! E, ao deitar para dormir, era agradecer a Deus e pedir para que o Papai Noel não esquecesse de trazer nossos presentes, e colocá-los debaixo da cama ou da rede. Aí pronto! Dia 25 a festa continuava. Agora, com cada um exibindo seu brinquedo deixado pelo bom velhinho.

            Eram carrinhos, bolas, gaitas. Eu gostava muito quando ganhava gaitas. A gente ficava imitando os músicos da banda da cidade; dentre eles: Seu Raimundo Adeodato e Seu Manoel de Barros. 

Dia 29, ainda tinha o aniversário da mamãe. Se viva fosse, Dona Raimundinha estaria completando 97 anos, neste 2021. Eu não me lembro da mamãe comemorar o aniversário dela ou do papai. Já, nos aniversários dos filhos, sempre tinha bolo e guaraná para os de casa e os amiguinhos mais chegados.

Dia 31 era a festa no Clube! Criança, lá de casa, eu só ouvia o som; rapazote, eu ia! Meia-noite, quando o relógio da Coluna da Hora badalava as últimas 12 horas do ano, o radialista Robério Mendes Carneiro pegava o microfone, proferia palavras bonitas e convidava a todos para cantar o Hino Nacional. Depois do hino, a banda voltava, agora, cantando só música de carnaval.

Ê, clima bom e de paz, vivíamos entre os dias de Natal e ano novo em Massapê!

Árvore figurativa, tirada da internet

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Sobre Massapê – “Carta ao meu pai”

        Seu Gerard Soares, meu pai

…Pois é! Calhou de hoje, 2ª segunda-feira que escrevo Sobre Massapê, ser dia 20 de dezembro/2021, aniversário do seu Gerardo Soares, meu pai. Papai completaria 103 anos, se vivo fosse, justamente hoje.

        Reproduzo aqui, uma carta que publiquei no dia 20 de dezembro de 2018, ano em que papai completaria 100 anos:

Fortaleza, 20 de dezembro de 2018

Meu querido pai

A bênção!

Pra começar, meus parabéns! Afinal, hoje é o seu aniversário de 100 anos! Aí no céu tem bolo?

Desejo que esta carta encontre o senhor com muita paz de espírito ao lado da mamãe, dona Raimundinha, e de meus irmãos: José Francisco, Vandinha, Oninha e Nini! Quanto a nós, os outros dez que continuamos aqui no mundo terreno, tudo bem! Todos estão mandando os parabéns: o Ari, o Rômulo, o Antônio José, a Socorrinha, o Gerardim, o Chico, o Wellington, a Nandila e a Tatá!

Geramos mais de meia centena de filhos, seus netos! Às vezes penso que o senhor é um deles!!!

Pois é! E o senhor que nasceu em Massapê, num 20 de dezembro como hoje, está completando 100 anos (1918 – 2018). 73 deles, passou aqui com a gente. Há 27 nos encontramos só em sonhos e pensamentos.

O senhor, meu pai, continua sendo nossa referência de cidadão. Homem pacato; trabalhou durante a vida todinha para nos educar, principalmente para vida… Para que nós soubéssemos chegar… e sair… em qualquer lugar. Sermos respeitosos e éticos… Isso, e principalmente isso, devemos e somos muito gratos ao senhor.

…Pai, gostaria de lhe dizer muitas coisas hoje, mas, para  ser sincero, não sei bem exatamente o que dizer! Não por falta de assunto.  Muito pelo contrário. É que são tantas as lembranças, que me  embaralham a cabeça, e chegam a escorrer pelos olhos…

Hoje eu tô com quase 57. Quando o senhor viajou, eu tava com 30.

…Dos seus passos largos, guardo a lembrança de quando eu era criança… Uma passada do senhor, dava bem três das minhas…

…O seu assobio… Vixe! O seu assobio era uma ordem!

…E a cadeira de balanço, toda noite na calçada, pra tomar um vento e jogar conversa fora?! Eita! Às vezes, também, o senhor cantava umas músicas. Recentemente, conversando com a Maria do Carmo da D. Laura Aguiar, nossa prima, ela me falou: “pois é, o seu Gerardo cantava e era bem”!   Que lembrança boa, a da cadeira na calçada!

Lembro-me agora do leite mungido, de manhazinha, lá no quintal, onde o senhor ficava rindo do “bigode branco”, que o leite mungido fazia nos lábios da filharada.

E as cartas, que o senhor escrevia, enviadas aos filhos que se espalhavam mundo à fora, na busca de vencerem na vida em Fortaleza, Teresina e Salvador?! E foram muitas! Afinal, também eram muitos os filhos. Letra firme. Redação perfeita! Sem dúvida, inspirou a todos nós no caminho da escrita, da educação e do bom gosto pela arte e cultura em suas mais amplas possibilidades! Tenho todas as cartas que o senhor escreveu pra mim…

Meu querido pai Gerardo, vou ficar por aqui, prometendo voltar a lhe escrever com mais frequência!

Feliz aniversário!

Feliz Natal!

Nós te amamos!

Beijos do filho

Jader

Ps.: Fico muito feliz quando o senhor  marca  presença nos meus sonhos!

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Sobre Massapê – “O Primeiro Texto”

Jader Soares

Hoje, 13 de dezembro de 2021, dia de Santa Luzia, resolvo, finalmente meter os dedos nas teclas do meu computador para falar Sobre Massapê. Não só falar, mas, prometer a quem possa interessar, publicar, toda segunda-feira um texto sobre a cidade onde nasci e vivi até meus quase 18 primeiros anos.

Aqui pretendo falar dos mais variados assuntos. Aliás, assunto é o que não falta.

As publicações serão no Blog do Zebrinha… Zebrinha é um camarada que parece muito comigo. Às vezes, inclusive, penso até que o Zebrinha sou eu! E talvez, até seja.

Venho pensando em fazer estas publicações como um exercício de escrita, como também, contribuir com informações sobre esse pedaço de chão do nosso querido estado do Ceará.

Se vai ter humor? Com certeza! Se não tiver humor, não tem graça!

Eita, que tô numa cede danada pra começar logo este negócio!

Este primeiro texto é sobre tudo, e sobre nada. É uma espécie de introdução ao que virá! E o que virá? nem eu sei, mas, que virá, virá!

Viva Massapê!

Em tempo: se algum conterrâneo quiser sugerir algum tema, num se encabule não!!! Mande de lá, que eu repondo de cá!

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Humorista Carlos Amorim ganha XXI FHC em Fortaleza

Pronto! Acabou a brincadeira, olê, olê, olá!

O humorista pernambucano Carlos Amorim foi o grande vencedor do XXI FHC (Festival de Humor Cearense). A premiação total foi de R$ 4.500,00. Amorim, levou 2 mil reais em prêmio e o troféu de campeão. O 2° colocado, Tom Leite, ganhou 1.500 reais, e, na 3ª colocação, houve um empate, e os humoristas Pabeção e Fei que Dói, dividiram o prêmio de um mil reais. Nove humoristas participaram da Mostra Competitiva.

O FHC é um Festival, que foi idealizado pelo escritor Giovani de Oliveira, e acontece desde 2004 em Iguatu, terra natal de Giovani.

Porém, em 2020/2021, por conta da Pandemia do Corona Vírus (COVID 19), não foi possível realizá-lo como programado. Agora, adequando-se aos protocolos de saúde das autoridades sanitárias, e a não aglomeração, o FHC aconteceu de forma remota, sem a presença de público, transmitido ao vivo, via internet, permitindo a todos, em qualquer lugar do planeta, assistir ao evento em tempo real.

A EXPANSÃO DO FESTIVAL

FHC tem sido sucesso desde sua 1ª Edição. Devido a este sucesso, o SESC, realizador do evento, em parceria com o Escritório do Riso e o Museu do Humor Cearense,  resolveu fazê-lo em outras cidades. Sobral e Tauá, por exemplo, já receberam o FHC, e também com grande sucesso. Já a XXI edição acaba de acontecer em Fortaleza, que, aliás recebe o evento pela segunda vez e no mesmo palco, já que em janeiro deste ano, no Teatro Chico Anysio foi realizado o XX FHC; ambos, sem a sem a presença de público, transmitido ao vivo pelo Youtube do SESC e pelo Facebook da Mais FM de Iguatu.

O XXI FHC aconteceu nos dias 25, 26, 27 e 28 de agosto de 2021, reunindo o que há de melhor da nossa molecagem. Foram pelo menos 16 shows de humor, onde artistas renomados nacionalmente se misturam a talentos ainda não tão famosos, porém, todos, com a excelente pegada do nosso bom humor. Tivemos 4 atrações por noite: 3 humoristas na Mostra Competitiva e um convidado especial.

A realização do FHC é do SESC, e a produção, do Museu do Humor Cearense, que tem à frente o humorista Jader Soares, Zebrinha, que também é o apresentador do evento.

Veja como foi a  Programação:

Dia 25 – (Quarta)

Dinah Moraes (Convidada Especial)

Mostra Competitiva: Guilherme Mille, Pupunha e Tom Leite

Dia 26 – (Quinta)

Babá Marques (Convidado Especial)

Mostra Competitiva: Fei que Dói, Pabeção e a dupla Lindeza e Cirose

Dia 27 (Sexta)

Zebrinha (Convidado Especial)

Mostra Competitiva: Marmita, Zefinha Parideira e Raí

Dia 28 – (Sábado)

Dedé Santana, Motoka e Bananinha (Convidados Especiais)

Mostra Competitiva, grande final, envolvendo 5 humoristas: Tom Leite, Fei que Dói, Pabeção Zefinha Parideira e Marmita.

O resultado final foi o seguinte:

1° Lugar: Carlos Amorim (Zefinha Parideira)

2° Lugar: Tom Leite

3° Lugar: Pabeção e Fei que Dói (Empate)

4° Lugar: Marmita

Apresentação: Zebrinha.

Parabéns a todos que participaram desta grande festa de riso, e aos vencedores, boa comemoração!

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O SESC realizará mais um Festival de Humor Cearense no Teatro Chico Anysio. Será o XXI FHC

Tudo começou em Iguatu!

Foi lá que o FHC – Festival de Humor Cearense nasceu!

Desde 2004, que a cidade de Iguatu recebe anualmente uma Edição do FHC. Porém, em 2020/2021, por conta da Pandemia do Corona Vírus (COVID 19), não foi possível realizá-lo como programado. Agora, adequando-se aos protocolos de saúde das autoridades sanitárias, e a não aglomeração, o XXI° FHC acontecerá de forma remota, sem a presença de público, transmitido ao vivo, via internet, permitindo a qualquer pessoa, em qualquer lugar do planeta, assistir ao evento em tempo real.

A EXPANSÃO DO FESTIVAL

FHC, idealizado por Giovani de Oliveira, tem sido sucesso desde sua 1ª Edição. Devido a este sucesso, o SESC, realizador do evento, em parceria com o Escritório do Riso e o Museu do Humor Cearense,  resolveu fazê-lo em outras cidades. Sobral e Tauá, por exemplo, já receberam o FHC, e também com grande sucesso. Agora, acontece em Fortaleza, e pela segunda vez; já que em janeiro deste ano, o Teatro Chico Anysio foi palco do XX° FHC. E, será, justamente neste mesmo palco, que acontecerá a XXIª Edição do Festival. Como aconteceu anteriormente, mais uma vez, o evento será sem a presença de público, transmitido ao vivo pelas redes sociais do SESC (Youtube).

O FHC acontecerá nos dias 25, 26, 27 e 28 de agosto de 2021, reunindo o que há de melhor da nossa molecagem. Serão pelo menos 16 shows de humor, onde artistas renomados nacionalmente se misturam a talentos ainda não tão famosos, porém, todos, com a pegada do bom humor cearense. Teremos 4 atrações por noite: 3 humoristas na Mostra Competitiva e um convidado especial.

EXPOSIÇÃO

AS CARAS DO HUMOR CABEÇA-CHATA

Paralelo ao evento acontecerá a Exposição: “As Caras do Humor Cabeça-Chata”, no Museu do Humor Cearense, que fica anexo ao Teatro Chico Anysio.

A exposição mostrará o acervo do Museu, contanto a história do nosso humor. Veremos, desde a história de Paula Nei, o Primeiro Humorista Brasileiro, até a história de humoristas contemporâneos.

Tudo contado através de um rico acervo de peças, as mais variadas possíveis, que pertenceram aos artistas do riso, e que foram doadas ao Museu. Dentre elas, o Jaleco do Prof. Raimundo.

Além disso podemos ver na exposição, figurinos de humoristas, como Tom Cavalcante e Adamastor Pitaco; um Troféu Imprensa, recebido por Chico Anysio, de Silvio Santos e o Troféu Quem Chega lá, do Domingão do Faustão, recebido pelo humorista Alex Nogueira.

A Praça do Ferreira está ali representada pelos seus mais fortes símbolos. Cajueiro da Mentira, Bode Iôiô, Vaia ao Sol, Coluna da Hora e Bancos da Democracia e Opinião Pública.

Há mais uma Sala em homenagem ao filme Cine Hollíúdy e outra em homenagem ao humorista Quintino Cunha.

Tem também a Sala de Vídeo, a Bodega do Riso, a Sala dos Humoristas e a Biblioteca Professor Raimundo, exclusivamente com livros de Humor.

Como o Museu é uma metamorfose, quem o visita uma vez, surpreende-se ao revisitá-lo, pois temos o cuidado de sempre (ou quase sempre) estar mudando  e expondo peças novas, como por exemplo, a nossa mais recente atração, inaugurada no último dia 12 de abril, Dia Nacional do Humorista, que é o Busto do Humorista Desconhecido.

A realização do FHC é do SESC, e a produção, do Museu do Humor Cearense, que tem à frente o humorista Jader Soares, Zebrinha, que também é o apresentador do evento.

PROGRAMAÇÃO:

Dia 25 – (Quarta)

Dinah Moraes (Convidada Especial)

Mostra Competitiva: Guilherme Guinle, Pupunha e Tom Leite

Dia 26 – (Quinta)

Babá Marques (Convidado Especial)

Mostra Competitiva: Fei que Dói, Pabeção e a dupla Lindeza e Cirose

Dia 27 (Sexta)

Zebrinha (Convidado Especial)

Mostra Competitiva: Marmita, Zefinha Parideira e Raí

Dia 28 – (Sábado)

Dedé Santana, Motoka e Bananinha (Convidados Especiais)

(Mais 5 humoristas na Final da Mostra Competitiva)

Apresentação: Zebrinha e Jáder Távora

Mostra Competitiva Regulamento
Aqui, você acompanha em detalhes, como fazer para participar da Mostra Competitiva.

  1. INSCRIÇÕES:

De 02 a 20 de agosto de 2021. De graça.

Contato através do Zap (85) 99991 0460. (Jader Soares)

  1. CLASSIFICATÓRIA:

Serão três classificatórias, com três concorrentes em cada uma. Por noite teremos um classificado. No total: 09 participantes. As classificatórias acontecerão nos dias 25, 26 e 27 de agosto. A Grande Final acontecerá no dia 28 de agosto.

  1. REPESCAGEM:

Na repescagem, mais dois humoristas irão para a Grande Final, totalizando cinco finalistas. Os dois da repescagem, serão os que obtiverem a maior pontuação dos não classificados inicialmente.

  1. GRANDE FINAL:

A Grande Final acontecerá no último dia do FHC: 28 de agosto, onde os cinco finalistas disputarão troféus e premiação em dinheiro.

  1. PARTICIPANTES:

Poderão participar humoristas de todo o Brasil, em apresentação

individual, dupla ou grupo.

  1. APRESENTAÇÃO:

Cada apresentação deverá durar de 10 a 15 minutos, não podendo antecipar ou ultrapassar este tempo, sob pena de desclassificação.

  1. PRÉ-SELEÇÃO

Dia 20 de agosto de 2021

Local: Teatro Chico Anysio – 19h – Av. Universidade, 2175 – Benfica

  1. REALIZAÇÃO:

O XXI° FHC – Festival de Humor Cearense é uma realização do SESC. Acontecerá no Teatro Chico Anysio nos dias 25, 26, 27 e 28 de agosto de 2021, sempre a partir das 19h, de forma remota, via live, sem a presença de público.

 9. PREMIAÇÃO DE R$: 4.500,00

A premiação de R$ 4.500,00 será assim dividida:

1° Lugar – R$ 2.000,00 (e Troféu)

2° Lugar – R$ 1.500,00 (e Troféu)

3° Lugar – R$ 1.000,00 (e Troféu)

10. JURI:

O Júri será formado por artistas e pessoas outras convidadas pela produção do FHC. Não será fixo, podendo variar dia a dia.

Qualquer situação nova, não prevista neste regulamento poderá ser avaliada e decidida pelo Júri e/ou pela Comissão Organizadora do FHC.

SERVIÇO:

Live com transmissão direta do

Teatro Chico Anysio

Dias 25, 26, 27 e 28 de agosto de 2021

Horário: 19h

Fortaleza – Ceará

Informações: 85 999 91 0460

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Teatro Chico Anysio comemora 30 anos de Humor

            Fundado pelos irmãos Chico Soares e Jader Soares a 13 de junho de 1991, o Teatro Chico Anysio comemora seus 30 anos de puro Humor neste ano de 2021. Localizado na Avenida da Universidade, 2175, no Corredor Cultural do Benfica, em Fortaleza, Ceará, o TCA foi palco de grandes eventos; dentre eles, muitos Festivais de Humor. Hoje, reformado, climatizado e com capacidade para 120 pessoas, continua sendo o Humor, sua principal atração.

            A homenagem foi feita ao mestre do humor brasileiro, quando ele tinha 60 anos de idade, e estava em plena forma, trabalhando muito, tanto na televisão como nos teatros, fazendo seus shows pelo Brasil. Porém, em março de 2012 o perdemos. Mas, no teatro que leva seu nome, Chico Anysio continua vivo e eternamente lembrado.

            No mesmo prédio do TCA funcionam também o Escritório do Riso, a Associação dos Humoristas Cearenses (ASSO-H), o Sindicato dos Humoristas do Ceará (SINDHUMOR) e o Museu do Humor Cearense.

            No espaço é fácil ver professores e estudantes secundaristas e universitários fazendo pesquisa sobre humor e a molecagem cearense, no acervo de mais de 2.500 livros específicos na área, expostos na Biblioteca Prof. Raimundo.

            Nestes 30 anos, passaram pelo Teatro, além muitos programas televisivos locais, vários programas nacionais, como: Show do Tom, Repórter Record, Tarde Livre, Domingo Legal, Domingo Espetacular, Domingão do Faustão, Encontro com Fátima Bernardes, Jornal Nacional, Repórter Record e Globo Repórter.

            Para a festa de comemoração, o Teatro realizará nos dias 23, 24, 25 e 26 de junho, o Festival de Humor 30 ANOS DO TEATRO CHICO ANYSIO, abrindo espaço para novos talentos da terrinha. O evento será online, e tem realização do Escritório do Riso e apoiado da Prefeitura de Fortaleza (SECULTFOR), através do VIII Edital das Artes. Será transmitido pelo Facebook do TCA. Não haverá presença de público por conta da pandemia da COVID-19.

            Nos Festivais realizados pelo Teatro, desde a década de 1990, surgiram nomes como: Edmilson Filho, Ery Soares, Kleber Fernandes, Motoka, Aloisio Júnior, Dudé Torres, Veia Cômica, Superedson, Elvis Preto, Gil Soares e Aurineide Camurupim.

            No comando do Teatro temos um Corpo Diretivo formado por quatro pessoas: Jader Soares, Chico Soares, Jader Távora e André Lucas (filho do Chico Anysio).

            Quem vai ao Teatro Chico Anysio, tem também a oportunidade de conhecer muito da história do humor cearense, já que o Museu do Humor fica anexo.

SERVIÇO

Festival de Humor 30 anos do Teatro Chico Anysio

Dias: 23, 24, 25 e 26 de junho

Live: Facebook do Teatro Chico Anysio

https://www.facebook.com/teatrochicoanysio

Horário: de 19:30h

Obs.: Não haverá presença de público.

Só será permitida a entrada no Teatro dos organizadores e artistas participantes.

Informações com Jader Soares/Jáder Távora

Zap 85 999 91 0460

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Minha homenagem os 90 anos de Chico Anysio (em memória)

PARA CHICO ANYSIO

Jader Soares

Escrevi este poema num momento de muita emoção. O dia exato não sei. Só sei que foi depois da morte do Chico e antes da missa de 7° dia, pois, no dia na missa o recitei, tanto na Igreja de Maranguape, como numa Igreja em Fortaleza. Chico partiu no dia 23 de março de 2012.

Elano Paula, irmão mais velho do Chico, me disse: “Belo poema. Este, eu assinaria. Gostaria de ter feito!” Isso me encheu de orgulho.

Ter sido amigo de Chico Anysio, foi uma das melhores coisas que me aconteceram na vida artística. Devo esta aproximação ao seu filho André Luca, que me recebeu como se eu fosse da família.

Neste 12 de abril de 2021, quando comemoramos mais um Dia Nacional do Humorista, meu peito se enche de emoção. Quando idealizei esta data, sabia da responsabilidade que isso me traria.

Desde 2004 que faço um grande evento em Fortaleza, reunindo, pelo menos 40 humoristas. Ano passado, não teve. Neste ano, também não haverá. O motivo é conhecido de todos: COVID-19. E o grande lance é ficar em casa. Nada de aglomeração.

Mesmo assim, o Museu do Humor Cearense e o Teatro Chico Anysio fazem hoje a inauguração do BUSTO DO HUMORISTA DESCONHECIDO, sem a presença de público… Mas, isso eu já contei aqui no blog.

Obrigado, Chico!

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Museu do Humor Cearense inaugura busto em homenagem ao Humorista Desconhecido no dia do Humorista

            Pronto! Era só o que faltava! E faltava mesmo!

Uma homenagem ao Humorista Desconhecido.

Agora, não falta mais!

O Museu do Humor Cearense resolve preencher esta lacuna, e inaugurar, próxima segunda, dia 12 de abril de 2021, as 16h, um busto em homenagem a este famoso não sei quem.

            A data escolhida para o feito não é por acaso. 12 de abril é o Dia Nacional do Humorista em homenagem a Chico Anysio. Neste ano, Chico faria 90 anos.

            Por conta da pandemia da COVID 19, não haverá presença de público. Apenas a direção do Museu participará da solenidade, que constará da divulgação de um vídeo, as 16h nas redes sociais do Museu e do Teatro Chico Anysio. Quando “as coisas se acalmarem”, o público em geral poderá ter acesso ao Museu para conhecer esta ilustre figura.

            Jader Soares, diretor do Museu e idealizador do projeto, diz que esta ideia está em sua cabeça há mais de dois anos, e programou tudo para o dia dos 90 anos de Chico Anysio: “Na realidade esta inauguração deveria acontecer dentro da programação de comemoração do Dia do Humorista deste ano, com a presença dos colegas do riso, com um grande show de humor, como fazemos todo 12 de abril, desde 2004. Mas, o momento é recolhimento e consciência coletiva. Não podemos brincar, quando o assunto é saúde!”

            O busto foi feito pelo famoso artista plástico cearense Vlamy Sousa, que, de tão empolgado, ainda pintou em óleo sobre tela, um quadro do Humorista Desconhecido.

SOBRE O HUMORISTA DESCONHECIDO

Todo humorista tem como meta tornar-se conhecido e famoso. Este, diferentemente dos outros, tornou-se famoso, justamente por ser desconhecido. Pode um negócio desse? Virou até peça de estudo, por isso, hoje, está no Museu do Humor Cearense.

Onde nasceu? Não sabemos. Nem em que dia, mês e ano. A única coisa que se sabe sobre o seu nascimento, foi que aconteceu entre janeiro e dezembro de um ano qualquer.

Suspeita-se que seja cearense, devido algumas características físicas, principalmente a cabeça chata e um pouco avantajada.

Ele não se considerava engraçado. A mulher dele, também não via graça alguma no que ele fazia. Porém, era a alegria das rodas de amigos.

Todo humorista conta ou já contou piadas suas. Uns, menos; outros, mais, e ainda outros: todas.

A causa de sua morte, ainda hoje é controversa, pois quando foi encontrado morto, seu rosto estava em estado de riso. Como gozava de boa saúde e nunca tinha apresentado histórico de doença, o médico escreveu em seu atestado de óbito:

Causa mortis: “Morreu de rir”.

CURIOSIDADE – DE QUEM É A PIADA?

Você sabia que ninguém sabe quem é o autor da grande maioria das piadas que a gente escuta ou conta no dia a dia?

Dizem inclusive que piada não tem dono! Mas, isso não é verdade e nem coerente! Toda piada tem dono e foi criada por alguém. E este alguém elaborou seu início, meio e fim. Não necessariamente nesta ordem, já que Chico Anysio dizia que a elaboração de uma piada se inicia pelo final: “Primeiro você cria o desfecho. Depois constrói o início e o meio…”

Esta homenagem ao Humorista Desconhecido é uma forma de agradecimento por ele ter criado tantas piadas, causos, chistes, e ter presenteado, de mão beijada a todos os humoristas do mundo.

Busto do Humorista Desconhecido

Inauguração: 12 de abril de 2021– Dia Nacional do Humorista

16h – Facebook do Museu do Humor Cearense e Teatro Chico Anysio

Comemoração dos 90 anos de Chico Anysio (Em memória)

Museu do Humor Cearense

Teatro Chico Anysio

Fortaleza – Ceará

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Zé das Tapiocas ganha 32° Festival de Mentiras e leva Um Real em prêmio

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Acabou a brincadeira! O assunto agora é sério!

O Humorista Zé das Tapiocas ganha de novo o Festival de Mentiras. É a 4° vez que ele ganha. Tá estribado!

O tradicional Festival de Mentiras que acontece deste 1904 na Praça do Ferreira em Fortaleza, foi realizado este ano no formato virtual, em sua Edição de número 32.

O Festival é uma grande brincadeira, e vem acontecendo, no sentido de não deixar morrer a história dos potoqueiros das antigas, que anualmente, se encontravam, sempre no 1° de abril para mentir, frescar e alimentar a veia cômica e corrosiva da nossa cearensidade.  

Já o motivo do Festival ser Virtual não é brincadeira!

O mundo todo está se precavendo contra o Coronavírus (COVID-19), doença surgida na China, em dezembro de 2019, e que tá fazendo um estrago danado e matando muita gente no mundo todo.

Este ano tivemos nove participantes: Cibalena, Humorista Zoró, Pallhaço Cipó, Pupunha, Sebastião Cordeiro, Tom Leite, Veia Cômica, Zé Bolão e Zé das Tapiocas.

Cada mentiroso mandou vídeo, de até 3 minutos, que foi publicado no Facebook do Museu do Humor Cearense. A votação foi através de LIKE, e só na página do Museu.

Os Campeões

 Os mentirosos vencedores, receberão um Certificado de Mentiroso do Ano, e premiação em dinheiro. O montante da premiação é de R$ 1,75 (Um Real e Setenta e Cinco Centavos), assim distribuído:

            1º Colocado – Zé das Tapiocas – R$ 1,00

            2º Colocado – Veia Cômica – R$ 0,50

            3º Colocado – Humorista Zoró – R$ 0,25

            A realização do Festival de Mentiras é do Museu do Humor Cearense.

FESTIVAL DE MENTIRAS

32º Festival de Mentiras (Virtual)

Organizadores: 3252 3741   –  9991 0460 

Jader Soares e Jader Távora

2° Lugar – Veia Cômica

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32° Festival de Mentiras

Totalmente Virtual

Pensava que não ia ter, né?! Mas, vai!

O tradicional Festival de Mentiras que acontece deste 1904 na Praça do Ferreira em Fortaleza, acontecerá este ano no formato totalmente virtual. Será a Edição de número 32.

Todo ano é a mesma coisa: 1° de abril, 17h, a negada se reúne na Praça do Ferreira só pra ver o mungango; que aliás, faz parte da abertura das comemorações do Mês do Humorista.  Ali, através de palmas, vais, gritos, apupos e gemidos, o público escolhe o Mentiroso do Ano, que tem até 3 minutos para contar sua mentira. O humorista Zebrinha é quem comanda a festa.

O Festival é uma grande brincadeira, e vem acontecendo, tendo a intenção de não deixar morrer a história dos potoqueiros das antigas, que anualmente, se encontravam, sempre no 1° de abril para mentir, frescar e alimentar a veia cômica e corrosiva da nossa cearensidade.  

Ano passado, 2020, não teve, por conta da Pandemia da COVID. E este ano o Festival será Virtual. E o motivo do Festival ser Virtual não é brincadeira!

O mundo todo está se precavendo contra o Coronavírus (COVID-19), doença surgida na China, em dezembro de 2019, e que tá fazendo um estrago danado e matando muita gente no mundo todo.

Apelamos a todos os colegas humoristas e mentirosos em geral, que mandem um vídeo com sua mentira para o zap 85 – 9991 0460. Até as 17h do dia 1° de abril de 2021. Quanto mais cedo mandar, melhor, pois quem tiver mais like, ganha a competição.

Duração do vídeo: no máximo 3 minutos

Os vídeos serão publicados individualmente no face do Museu do Humor Cearense.

O vencedor do ano passado (2019) foi o humorista Zé das Tapiocas (Foto). Ernesto Martins ficou em 2°  lugar, e Cibalena, em 3°.

Uma premiação de encher os olhos

 O mentiroso vencedor, receberá um Certificado de Mentiroso do Ano, e premiação em dinheiro. O montante da premiação é de R$ 1,75 (Um Real e Setenta e Cinco Centavos), assim distribuído:

            1º Colocado R$ 1,00
           2º Colocado R$ 0,50
           3º Colocado R$ 0,25

            A realização do Festival de Mentiras é do Museu do Humor Cearense.

História do Festival de Mentiras

            De 1904 a 1920, na Praça do Ferreira, debaixo do Cajueiro da Mentira (Cajueiro Botador – assim chamado por que botava caju o ano todo – e isso é verdade), o Ceará assistia a sua festa mais tradicional, popular e moleca que era o Festival de Mentiras, realizado, é claro, no dia 1º de Abril. Ali, intelectuais, artistas, bebuns e desocupados passavam o dia escrevendo e afixando papelotes no Cajueiro, com todo tipo de mentiras, de preferência as mais provocantes à sociedade e aos homens do poder.

            Em 1920, o Prefeito Godofredo Maciel, sentindo-se incomodado com a brincadeira, mandou derrubar o Cajueiro, acabando com a farra.

            Na última reforma da Praça do Ferreira, em 1991, administração de Juraci Magalhães, foi plantado um novo cajueiro e colocado a seu lado uma placa que conta um pouco desta história.

            Em 2006, depois de 86 anos sem acontecer o evento, o Escritório do Riso/Museu do Humor Cearense retomou o Festival de Mentiras, realizando-o nos anos de 2006, 2007, 2008 e 2009 no Teatro Chico Anysio. Em 2010, o Festival voltou à Praça do Ferreira, seu lugar de origem. Em 2020 foi cancelado, o que seria a 32ª Edição, por conta do Coronavírus. Agora, em 2021, o Festival volta a ser realizado em formato virtual. O mentiroso, de qualquer lugar do Brasil, manda um vídeo com sua mentira, e que tiver mais like, ganha a premiação maior, Um Real. Depois, naturalmente, vem o 2° e o 3° colocados.

O evento também faz parte da abertura da programação do Mês do Humorista.

         Por que Abril, é o Mês do Humorista?

            Porque em 12 de abril comemoramos o Dia Nacional do Humorista, aniversário de nascimento de Chico Anysio. Para isso existem as seguintes Leis:

Lei Estadual nº 13.317 de 02/07/2003  (Ceará)
Lei Municipal nº 9518 de 23/10/2009   (Fortaleza)
Lei Federal nº 13.082 de 08/01/2015  (Brasil)

FESTIVAL DE MENTIRAS

32º Festival de Mentiras (Virtual)
Mande seu vídeo com sua mentira até as 17h do dia 1° de abril de 2021
Para o Zap 85 – 999 91 0460
Organizadores: 3252 3741   –  9991 0460
(Jader Soares/Jader Távora)

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Lançamento do e-book “QUE DRAGÃO É ESSE?”

O e-book QUE DRAGÃO É ESSE? é mais uma obra do cearense Jader Soares.

Aqui, você vai conhecer a vida de Chico da Matilde, herói da libertação dos escravos no Ceará. 

Detalhe: este trabalho foi escrito por um humorista, que também é professor de história. Então, não há perigo, do livro não ter graça!

Você pode correr pra ler o e-book clicando aqui!

PROJETO FOMENTADO COM RECURSOS DA
LEI 14.017/2020 – LEI ALDIR BLANC – POR
MEIO DA SECRETARIA MUNICIPAL DA
CULTURA DE FORTALEZA

A contrapartida do projeto é um show de humor educativo em formato digital, que pode ser encontrado no link: https://youtu.be/mSi7-kRLTwo

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