Baixou o espírito do Chico

O POVO Online

Por Audifax Rios

                          

O publicitário e promotor de eventos Roberto Farias realizou, através da PPE, mais uma de suas consagradas premiações. Só que desta vez um pouco diferenciada. No lugar de empresários, profissionais liberais, políticos, distinguiu artistas. Dos mais diversos estilos, todos sob o manto, a aura, do incomparável Chico Anysio. Seu irmão, Elano de Paula, estava lá para acentuar ainda mais esta presença. Era como se as duzentas personificações do humorista genial estivessem na plateia. Toda a Chico City espremida nos galinheiros de um circo mambembe armado ao sopé da Serra do Maranguape.

Gente como Mino Castelo Branco, Jacaúna Aguiar, Domenico Gabriele, Marcondes Falcão, Raimundo Fagner, Mano Alencar, Naura Franco, José Guedes, Sinfrônio, Cláudia Borges, Lino Vila Ventura, Nonato Luiz, Lúcio Brasileiro, Tita Tavares, Paulo Diógenes e muitos outros receberam a comenda acompanhados com seus respectivos padrinhos, como se em volta de uma fogueira de São João. E o professor Juarez Leitão, em noite inspirada, mais poeta que orador oficial, representou os agraciados enaltecendo a arte e o milagre da criação, a consciência da vocação. Estava novamente na tribuna da Câmara Municipal, onde muitas outras vezes estivera em defesa de seu povo, mas agora era diferente, o eleitorado especial, seleto, consciente; seus pares, não mais os edis, correligionários e adversários, e sim um colegiado de pensadores que também defendem seu povo tendo como bandeira a arte.

Lá fora a descontração. Falamos com Tom Barros (aviador como o Waldonys, seu afilhado) sobre a má fase do nosso Vasco da Gama e com Mino sobre sua “Rivista” e o nosso almanaque “DeUmTudo”. Com Nonato Luiz sobre o Clube do Bode. E entre fotos e tin-tins relembramos os bons tempos, formulamos projetos, dividimos alegrias. Em dado momento, um verdadeiro álbum de família. Nosso pessoal (Antonio João, Mariana e Juliana) uniu-se ao de Jacaúna Aguiar e passamos a falar de parentes e aderentes da ribeira do Acaraú, da cidade do Marco, então distrito de Santana, onde nascemos. Jacaúna e a mana Silene, José Ricardo e a geração mais nova em saudável convívio fazendo aflorar a árvore genealógica: os Rios, os Neves, os Moreira, os Osterno. Nomes antigos vieram à tona, Manoel Clóvis, Tia Dionéia, Ricardo Neves, Raimundo Moreira, Zeca Freitas, Chico Neves. Silene pergunta por Maria Mirtes, a mais esfuziante figura da região nos anos dourados, derramando sua beleza e alegria por todo o vale. Muito bom.

Restaram as fotos, as promessas de reencontros, as rememorações tão necessárias. Desta vez, no evento, não se falou apenas de negócios ou política. Falou-se de banalidades e coisas sérias: um quadro, um cedê, um poema, um modelito, um decor, um cartum. Tudo se passou no auditório da Câmara Municipal mas não havia a habitual sisudez protocolar de um evento oficial. E mais descontração no terreiro junino, na pracinha que tem o nome de outro poeta: José Maria Barros de Pinho. Não havia fogueira mas os corações estavam esquentados.

Uma constante: Chico Anysio. Todos falaram alguma coisa dele, uma frase, um chiste, uma citação. Elano, o mano, fez humor. Falar nisso, a ausência do Tiririca, agora parlamentar, com o tempo tomado por coisas sérias. Como também a de Sérvulo Esmeraldo, representado pela companheira Dodora Guimarães. Waldonys chegou a lembrar um pensamento otimista do Chico, que resumia toda a sua arte de viver: “Um dia sem sorriso é um dia perdido”. Chico estava representado, também, pelo comediante bonequeiro Jáder Soares, o Zebrinha, ultimamente uma espécie de seu embaixador no Ceará e que mantém uma entidade de apoio aos humoristas cearenses, o Escritório do Riso.

Parabéns ao Roberto Farias pela feliz iniciativa. Que o cidadão Francisco Anísio Viana de Paula ilumine sua trajetória com a aura de sua bondade e a luz de seu pensamento. E mais não digo porque não me foi perguntado.
 

 

Sexta-feira 14/06/2013  

 

O publicitário e promotor de eventos Roberto Farias realizou, através da PPE, mais uma de suas consagradas premiações. Só que desta vez um pouco diferenciada. No lugar de empresários, profissionais liberais, políticos, distinguiu artistas. Dos mais diversos estilos, todos sob o manto, a aura, do incomparável Chico Anysio. Seu irmão, Elano de Paula, estava lá para acentuar ainda mais esta presença. Era como se as duzentas personificações do humorista genial estivessem na plateia. Toda a Chico City espremida nos galinheiros de um circo mambembe armado ao sopé da Serra do Maranguape.
Gente como Mino Castelo Branco, Jacaúna Aguiar, Domenico Gabriele, Marcondes Falcão, Raimundo Fagner, Mano Alencar, Naura Franco, José Guedes, Sinfrônio, Cláudia Borges, Lino Vila Ventura, Nonato Luiz, Lúcio Brasileiro, Tita Tavares, Paulo Diógenes e muitos outros receberam a comenda acompanhados com seus respectivos padrinhos, como se em volta de uma fogueira de São João. E o professor Juarez Leitão, em noite inspirada, mais poeta que orador oficial, representou os agraciados enaltecendo a arte e o milagre da criação, a consciência da vocação. Estava novamente na tribuna da Câmara Municipal, onde muitas outras vezes estivera em defesa de seu povo, mas agora era diferente, o eleitorado especial, seleto, consciente; seus pares, não mais os edis, correligionários e adversários, e sim um colegiado de pensadores que também defendem seu povo tendo como bandeira a arte.

Lá fora a descontração. Falamos com Tom Barros (aviador como o Waldonys, seu afilhado) sobre a má fase do nosso Vasco da Gama e com Mino sobre sua “Rivista” e o nosso almanaque “DeUmTudo”. Com Nonato Luiz sobre o Clube do Bode. E entre fotos e tin-tins relembramos os bons tempos, formulamos projetos, dividimos alegrias. Em dado momento, um verdadeiro álbum de família. Nosso pessoal (Antonio João, Mariana e Juliana) uniu-se ao de Jacaúna Aguiar e passamos a falar de parentes e aderentes da ribeira do Acaraú, da cidade do Marco, então distrito de Santana, onde nascemos. Jacaúna e a mana Silene, José Ricardo e a geração mais nova em saudável convívio fazendo aflorar a árvore genealógica: os Rios, os Neves, os Moreira, os Osterno. Nomes antigos vieram à tona, Manoel Clóvis, Tia Dionéia, Ricardo Neves, Raimundo Moreira, Zeca Freitas, Chico Neves. Silene pergunta por Maria Mirtes, a mais esfuziante figura da região nos anos dourados, derramando sua beleza e alegria por todo o vale. Muito bom.

Restaram as fotos, as promessas de reencontros, as rememorações tão necessárias. Desta vez, no evento, não se falou apenas de negócios ou política. Falou-se de banalidades e coisas sérias: um quadro, um cedê, um poema, um modelito, um decor, um cartum. Tudo se passou no auditório da Câmara Municipal mas não havia a habitual sisudez protocolar de um evento oficial. E mais descontração no terreiro junino, na pracinha que tem o nome de outro poeta: José Maria Barros de Pinho. Não havia fogueira mas os corações estavam esquentados.

Uma constante: Chico Anysio. Todos falaram alguma coisa dele, uma frase, um chiste, uma citação. Elano, o mano, fez humor. Falar nisso, a ausência do Tiririca, agora parlamentar, com o tempo tomado por coisas sérias. Como também a de Sérvulo Esmeraldo, representado pela companheira Dodora Guimarães. Waldonys chegou a lembrar um pensamento otimista do Chico, que resumia toda a sua arte de viver: “Um dia sem sorriso é um dia perdido”. Chico estava representado, também, pelo comediante bonequeiro Jáder Soares, o Zebrinha, ultimamente uma espécie de seu embaixador no Ceará e que mantém uma entidade de apoio aos humoristas cearenses, o Escritório do Riso.

Parabéns ao Roberto Farias pela feliz iniciativa. Que o cidadão Francisco Anísio Viana de Paula ilumine sua trajetória com a aura de sua bondade e a luz de seu pensamento. E mais não digo porque não me foi perguntado.
 

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